quarta-feira, novembro 11, 2015

O deserto (parte 1)

Mt 4:1-11 com Mc.1:12-13
Mt. 4:1 – “A seguir, foi Jesus levado pelo Espirito Santo ao deserto, para ser tentado pelo diabo”.
     Pelo texto destacado, podemos notar que o deserto foi um período específico estabelecido pelo Espírito Santo para que Jesus atravessasse. Assim, não podemos pensar que com nossa vida será diferente. Certamente seremos levados ao deserto, e provavelmente não será apenas uma vez.
Abaixo, podemos constatar algumas lições que servirão para nos revelar o coração de Deus ao nos conduzir ao deserto, e para nos consolar, caso estejamos atravessando um:
1)      Receber de bom coração o tempo e a decisão do Espírito de nos guiar ao deserto.
Jesus não foi para o deserto porque escolheu ir. Jesus foi porque o Espírito Santo o guiou até lá, e de lá não podia sair até que esse processo chegasse ao seu fim, o qual fora determinado pelo próprio Espírito Santo. Lembremos que uma das tentações propostas pelo diabo era para que Jesus encerrasse seu jejum antes do tempo (se és filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães, Mt.4:3). Caso Jesus tivesse cedido, nosso Senhor teria saído da vontade de Deus e, portanto, pecaria. Assim: se é da vontade de Deus que estejamos no deserto, não devemos protestar ou fugir dele, mas atravessarmos o mesmo com paciência, até que recebamos nova orientação do Pai.

2)      Entender que o tempo do deserto é um período de separação.

O deserto é um lugar de silêncio, solidão. Não é um lugar de multidões, de barulho, de festa. Quando entramos nele, ninguém nos vê. Podemos estar no meio de centenas de milhares de irmãos, mas nos sentimos sozinhos, ainda que saibamos que não estamos sozinhos. Isto acontece porque ninguém (nem nossos melhores amigos, nem nossos pastores) consegue nos tirar do deserto, a não ser Deus.  E Deus permite isto porque nos quer aos Seus pés, buscando Sua face, buscando conhecê-Lo. E então chegaremos ao momento em que desfrutaremos de valiosos e marcantes momentos de intimidade com Ele. Poderemos dizer como disse Jó “eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te veem”. (Jó 42:5).

Continua...

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