quinta-feira, janeiro 05, 2017

Esperança em Adulão

    
Ruínas de Adullam
     "Davi fugiu da cidade de Gate e foi para a caverna de Adulão. Quando seus irmãos e a família de seu pai souberam disso, foram até lá para encontrá-lo. Também juntaram-se a ele todos os que estavam em dificuldades, os endividados e os descontentes; e ele se tornou o líder deles. Havia cerca de quatrocentos homens com ele." 1 Sm. 22:1-2

    Difícil não ficar comovido com o incidente da caverna de Adulão, uma cidade que hoje não existe mais. Sempre que passo por esse texto recebo uma porção de vigor, como se fosse aberta a porta de um ambiente abafado e enfadonho.

     A maioria dos cristãos sabe disso, mas para quem ainda não está familiarizado, Davi representa um tipo de Cristo. Sua vida e trajetória são uma sombra que aponta para a vida de Jesus. Daí o valor do incidente relatado em Adulão. Mencione-se que das traduções possíveis para Adulão, Justiça para as pessoas, retiro e refúgio são as predominantes. Aqueles que nominaram a cidade não sabiam, mas o Espírito Santo já tinha traçado que a região seria privilegiada em prenunciar a graça às nações, pois em Jesus fomos feitos justiça de Deus (2Co. 5:21).


     Por um instante, pensemos no tipo dos homens que se juntaram a Davi: os que estavam em dificuldades, os endividados e os descontentes - sobre esses homens, Jesus teria dito: "os sãos não necessitam de médico, mas, sim, os que estão doentes. Eu não vim chamar justos, mas pecadores, ao arrependimento (Lc.5:31). E, de fato, com o tempo aqueles 400 homens tornaram-se poderosos em obras, valentes, grandes varões de guerra (sobre este tema, sugiro que leiam "os valentes de Davi", excelente artigo publicado por meu querido irmão e amigo, pastor Cláudio Cabral). Aos poucos, suas dificuldades ficaram para trás, suas dívidas foram saldadas, e ao invés de uma vida descontente, ajudaram a construir o glorioso reino de Israel.

     Foi a injusta perseguição sofrida por Davi que o levara a Adulão para abrigar-se em uma caverna, lugar em que foi encontrado por aqueles 400 homens; foi nosso infame pecado que perseguiu a Jesus na cruz e O levou a tomar a decisão de deixar Seu perfeito Reino de glória para vir à Terra. Ambos sofreram, mas nosso Jesus sofreu muito mais.

     Quero lembrar que Jesus continua convidando aos doentes, descontentes, endividados, deprimidos e oprimidos, desanimados e desmotivados a irem até Ele; Sua disposição em salvar e transformar continua tão verdadeira e intensa quanto como no tempo em que esteve presente à Terra. Seu compromisso é constante, Sua força é imutável e Sua fidelidade é até o fim - Jesus jamais abandonará pelo caminho àquele que lhe pede a mão e Ele sempre renovará a esperança deste.
 
      O requisito é justamente reconhecer esta condição de necessidade e não se deixar levar pelo vil orgulho, que nos afasta de Deus ao invés de nos aproximar dele. É bater em Sua porta, é ir a Seu encontro, é buscá-Lo com determinação, rompendo com preconceitos e barreiras produzidas pela intelectualidade humana, lhe pedindo ajuda sem duvidar.

      Como resultado, Jesus fará Sua parte. Dos fracos e necessitados Ele tirará Seu povo poderoso; os humildes serão feitos reis e sacerdotes que reinarão sobre a terra (Ap. 5:10) e os "que choram serão consolados" (Mt.5:4).

     Portanto, não nos envergonhemos por sermos fracos e não sabermos tudo, por sermos perseguidos ou rejeitados. Jesus pagou um preço mais alto por nós e nos conduzirá ao Seu Reino de paz, Ele é fiel para cumprir o que prometeu!

     "Com efeito, dos que em ti esperam, ninguém será envergonhado" (Sl. 25:3).
Davi fugiu da cidade de Gate e foi para a caverna de Adulão. Quando seus irmãos e a família de seu pai souberam disso, foram até lá para encontrá-lo.
Também juntaram-se a ele todos os que estavam em dificuldades, os endividados e os descontentes; e ele se tornou o líder deles. Havia cerca de quatrocentos homens com ele.
1 Samuel 22:1,2
Davi fugiu da cidade de Gate e foi para a caverna de Adulão. Quando seus irmãos e a família de seu pai souberam disso, foram até lá para encontrá-lo.
Também juntaram-se a ele todos os que estavam em dificuldades, os endividados e os descontentes; e ele se tornou o líder deles. Havia cerca de quatrocentos homens com ele.
1 Samuel 22:1,2
Davi fugiu da cidade de Gate e foi para a caverna de Adulão. Quando seus irmãos e a família de seu pai souberam disso, foram até lá para encontrá-lo.
Também juntaram-se a ele todos os que estavam em dificuldades, os endividados e os descontentes; e ele se tornou o líder deles. Havia cerca de quatrocentos homens com ele.
1 Samuel 22:1,2
Davi fugiu da cidade de Gate e foi para a caverna de Adulão. Quando seus irmãos e a família de seu pai souberam disso, foram até lá para encontrá-lo.
Também juntaram-se a ele todos os que estavam em dificuldades, os endividados e os descontentes; e ele se tornou o líder deles. Havia cerca de quatrocentos homens com ele.
1 Samuel 22:1,2

quarta-feira, janeiro 04, 2017

Uma nação de sacerdotes

     Foi a partir do século 18 que começou o processo de retorno dos judeus à terra de Israel. Depois de séculos de perseguição e injustiças sofridas, paulatinamente diversas nações passaram a tolerar, reconhecer e apoiar aos judeus, que prosperavam muito aonde estivessem.
     Em 1947, pelas mãos do gaúcho Osvaldo Aranha, a assembleia extraordinária da ONU define a partilha da Palestina, assegurando a Israel as terras que proporcionariam o recomeço de seu restabelecimento como nação. Logo este pequeno País tornaria-se uma potência mundial em tecnologia geral, armas bélicas, agricultura e recursos hídricos e tudo o que se pode imaginar!
     Paralelamente, os israelitas e a igreja tem trajetórias semelhantes. Tanto eles quanto os cristãos sofreram longos períodos dispersos pelo mundo; eles perderam sua pátria e a igreja, a sua identidade -  a reforma protestante é apenas um exemplo. 
     Israel voltou a ser um Estado, uma nação. A igreja, por sua vez, ainda está acordando para sua vocação, redescobrindo sua responsabilidade de estabelecer uma nação de sacerdotes. Sim, somos livres, mas já agimos muito como escravos - escravos de leis, regras, falsos ensinos e falsos propósitos. Estamos retornando às origens, reaprendendo o ofício. Há um burburinho de águas que vem crescendo, um barulho de pessoas que resolveu levantar-se.
     Essas pessoas estão deixando para trás o "entrar para a igreja" para ser igreja; elas resolveram pôr em prática o gesto mais evidente de alguém que tem intimidade com o Senhor Jesus. Tais irmãos decidiram obedecê-Lo humildemente, sem preocupar-se com ministérios pessoais, encargos, nomes e reconhecimentos, e se dispuseram a pregar o evangelho. Esses são os verdadeiros discípulos de Jesus, que se unem aos heróis missionários desta e das gerações passadas, e tal qual Israel que voltou para seu território, estão se voltando à prática das primeiras obras.
     Não é de se admirar que ao mesmo tempo que esses homens e mulheres têm se disposto a sair da inércia, mais e mais sinais tem respaldado suas iniciativas, e Deus tem curado enfermos pelas ruas, casas e hospitais - é como se conseguíssemos ver o Seu sorriso aprovando a ida desses frágeis, mas corajosos soldados aos hostis ambientes de guerra encontrados pela frente.
    Suas armas não estão na força de seus braços; eles não ousam confiar em si mesmos, e por isso não saem sem orar, tendo o firme propósito de não discutir com os ouvintes pelo caminho. Além disso, eles não estão indo para falar do grupo a que fazem parte ou de alguma denominação específica, mas estão levando as boas notícias, o evangelho. A proclamação de que Jesus, Deus em pessoa, veio a terra para nos resgatar de tudo o que nos atormenta e de que temos um Pai no céu e de que o céu é de verdade; de que podemos mudar de vida e de que nossos pecados podem ser perdoados instantaneamente, e de graça!
     Sim, o evangelho que é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê (Rm.1:16) e nenhuma outra pregação produzirá tanta mudança em um coração quanto as boas notícias, que falam da autoridade de Jesus para assumir nossa culpa, perdoar nossos pecados, purificar nossos corações e gerar em nós nova vida. E somente teremos êxito em nossas incursões de proclamação se nossa própria vida estiver próxima a esta poderosa verdade, experimentando pessoalmente o poder transformador do evangelho, pois não poderemos alcançar qualquer pessoa apenas com o conhecimento teológico ou com palavras, mas com a experiência de quem tem provado da bondade, do perdão, da restauração e do amor do Senhor Deus.
     Nesses dias Deus está levantando trabalhadores para Sua seara - médicos que cansaram de ficar no meio dos sãos e estão indo para as ruas, becos, praças, hospitais, parentes, vizinhos e amigos, em busca dos doentes, pobres e desesperados, levando a cura, o antídoto. Estes irmãos são verdadeiros amigos de Deus e dos homens, amando a Deus e a seu próximo, exercendo exatamente a missão da cruz de religar a criatura a seu Criador. Quando esta missão estiver completa, então nós também deixaremos para trás nossas embaixadas aqui na terra e poderemos retornar à nossa Pátria celestial. Com uma nação de sacerdotes.

sexta-feira, dezembro 16, 2016

Oração sem duvidar

A oração é o encontro da nossa fraqueza com a força de Deus, quando nossa poça d'água se une ao oceano de nosso Criador. É a pedrinha lisa de ribeiro que destrói os Golias da nossa vida. Nossa oração é um tijolo de barro, que nas mãos de Deus se transforma em um edifício poderoso. É uma gota de lágrima, que nas mãos de Deus rega toda a terra. É a semente não de uma árvore apenas, mas de toda floresta! Jamais podemos esquecer a quem estamos dirigindo nossas orações, o Senhor Todo-Poderoso, cujo poder, força e autoridade são ilimitados! É Ele quem pega nossas fracas orações, coloca o Seu poder, e as transforma em armas poderosas!

segunda-feira, junho 06, 2016

Servos, nada mais

Autor desconhecido, declamado por Ziegfried Zilz e compartilhado por Jorge Feistler:

Séculos passam, reinos se erguem e caem,
gerações surgem e desaparecem e a mesa do banquete sempre posta,
à espera dos convidados, que se escusam, presos ao comodismo,
ao desejo de enriquecer, ao amor que acabará um dia.



Séculos passam, e o Grande Senhor ordenando aos servos:
"Saí pelos vales e pelos caminhos em busca dos cegos e aleijados para que a minha casa se encha!"
E os servos comprados para obedecer, para as tarefas humildes,
Sem nome, sem títulos, sem remuneração, sem elogios, sem lugar de destaque, sem luxo, sem fama, saem pelas ruas, pelos caminhos, pelos vales, pelos atalhos, em busca dos cegos e dos aleijados, para que a sala do banquete se encha.


Talvez seus nomes nunca sejam escritos e seus feitos não constem nos anais:
São apenas aqueles que transportam, que convidam e que abrem as portas,
Aqueles que servem ? servos, nada mais.
Poucos na terra lembrarão seus nomes, desaparecem na grande missão, mas lá no alto, com letras de ouro, o Senhor de todos os tesouros traz os seus nomes na Bendita Mão.


Servos que saem com passos ligeiros, anunciando à multidão perdida:
 - Vinde, há lugar para quem sente fome, um nome para quem não tem nome: vinde, que o Senhor convida.

 Servos que contemplam a casa repleta.

O Senhor feliz, alegre e os convidados nem mesmo pensam que tanta alegria se deve em muito aos seus pés
cansados,
Porque repletos deste santo amor, que tudo transfere Àquele que ama, gastam-se na obra ocultamente; velas que se extinguem lentamente, enquanto o mundo só contempla a chama.


E assim anônimos, sem glórias, trocarão a terra pelo céu de luz,
Para que possa parecer mais lindo o nome que os anjos lhes darão, sorrindo:
 - Bem-aventurados servos de Jesus!...

Rejeite a incredulidade!

   
 A incredulidade é um inimigo real e perigoso. O conhecimento das coisas de Deus sem a aplicação ou a experiência é altamente nocivo, não produzindo fruto, mas nos tornando flores de estufa. Ou seja, podemos estar coerentes com o ensino bíblico, mas fracos em fé. E o poder de Deus só se manifesta aonde há fé (Mt. 13:58). 
     Por isso devemos combater e rejeitar toda raiz de incredulidade. O temor do Senhor nos levará a uma vida piedosa (dedicada a Deus) e bem sucedida (Sl. 128). Não devemos nos acomodar com revelações vindas dele. Devemos nos alegrar sim, mas qualquer experiência deve produzir em nós mais fome e sede de Deus com humildade, de modo que jamais percamos a busca incessante pela presença do Senhor. Não estamos comprometidos com o mero saber, mas com a comunhão com nosso Pai amado, nosso irmão mais velho Jesus e Seu querido Espírito Santo. 
     Queiramos mais, pois nosso alvo é alto, nosso alvo é Deus. E o fruto virá de Suas mãos!