segunda-feira, junho 06, 2016

Servos, nada mais

Autor desconhecido, declamado por Ziegfried Zilz e compartilhado por Jorge Feistler:

Séculos passam, reinos se erguem e caem,
gerações surgem e desaparecem e a mesa do banquete sempre posta,
à espera dos convidados, que se escusam, presos ao comodismo,
ao desejo de enriquecer, ao amor que acabará um dia.



Séculos passam, e o Grande Senhor ordenando aos servos:
"Saí pelos vales e pelos caminhos em busca dos cegos e aleijados para que a minha casa se encha!"
E os servos comprados para obedecer, para as tarefas humildes,
Sem nome, sem títulos, sem remuneração, sem elogios, sem lugar de destaque, sem luxo, sem fama, saem pelas ruas, pelos caminhos, pelos vales, pelos atalhos, em busca dos cegos e dos aleijados, para que a sala do banquete se encha.


Talvez seus nomes nunca sejam escritos e seus feitos não constem nos anais:
São apenas aqueles que transportam, que convidam e que abrem as portas,
Aqueles que servem ? servos, nada mais.
Poucos na terra lembrarão seus nomes, desaparecem na grande missão, mas lá no alto, com letras de ouro, o Senhor de todos os tesouros traz os seus nomes na Bendita Mão.


Servos que saem com passos ligeiros, anunciando à multidão perdida:
 - Vinde, há lugar para quem sente fome, um nome para quem não tem nome: vinde, que o Senhor convida.

 Servos que contemplam a casa repleta.

O Senhor feliz, alegre e os convidados nem mesmo pensam que tanta alegria se deve em muito aos seus pés
cansados,
Porque repletos deste santo amor, que tudo transfere Àquele que ama, gastam-se na obra ocultamente; velas que se extinguem lentamente, enquanto o mundo só contempla a chama.


E assim anônimos, sem glórias, trocarão a terra pelo céu de luz,
Para que possa parecer mais lindo o nome que os anjos lhes darão, sorrindo:
 - Bem-aventurados servos de Jesus!...

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